Mercs

Há memórias que são muito boas. Mesmo com jogos muito maus. Este é um desses casos.
Para que eu não seja mal entendido deixo aqui bem claro: Mercs é um excelente jogo. Só não o consegue ser no Commodore Amiga porque a conversão do original das máquinas arcade está péssima como, aliás, não seria de esperar outra coisa da US Gold e da Tiertex. Os maus exemplos são tantos que até chateiam... Mas isso é outra história.
Naquela altura, depois de ler a análise feita pelo João Cruz na saudosa JND de domingo, fiquei com água na boca. Não descansei enquanto não consegui comprar o jogo. Mas a desilusão foi tomando conta de mim.
A verdade seja dita: naquele tempo, mesmo os jogos fracos mereciam muito do nosso tempo e atenção. Este não fugiu à regra. Foram muitas as horas a jogar Mercs, até para lhe tentar encontrar o encanto que o João Cruz falava na sua análise ao ponto de lhe chamar “a conversão do ano”. Diverti-me muito, é certo, mas o jogo ficou muito aquém. Ainda hoje não percebo como teve uma nota 20 quando o War Zone da Core Design, muito melhor que este, apenas teve um 18. É que os dois jogos nem têm comparação. Enfim...
Mesmo assim gosto de o revisitar. Confesso que já o fiz por muitas vezes. Mas ainda não consegui afastar a frustração que me acompanhava na altura. Deve ser por o jogo continuar a ser fraco. E, claro, por nunca o ter terminado. Isso dá cabo de mim. Mas acaba por ser um convite a continuar a tentar. E essa é a beleza deste mundo do Commodore Amiga. Há sempre algo que queremos jogar e nos dá prazer...
Abraço retromaníaco e até breve.

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